segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Uma nova classe


Ter uma qualidade de vida melhor é o desejo de todas as pessoas. A quantidade de dinheiro é proporcional ao conforto que a pessoa pode obter, mas aumentar seu rendimento pode ser complicado, demorado ou, até, impossível, de acordo com o seu tipo de atividade profissional.

Buscando uma vida mais prática, atingindo um maior número de pessoas com um patamar de conforto que melhore sua qualidade de vida, uma nova classe vem surgindo de forma gradual, trazendo facilidade para todos: o usuário. Indo na contramão do conceito de acumular riquezas ou poder, onde a propriedade é a característica dominante, o conceito de usar os produtos, passa a ser um meio de uniformizar o acesso à bens e serviços, mesmo àqueles antes só permitido aos mais abastados.

Essa nova classificação social vem permitir uma transferência, ainda que discreta, do que torna uma pessoa “interessante” perante a sociedade. Antes, ter um celular, distinguia a pessoa das outras devido ao seu elevado preço; hoje, todos podem ter um, cujo custo foi diluído no valor consumido no uso mensal, sendo por um período subsidiado pela operadora, que posteriormente acaba lucrando com o consumo. Agora não é o ter um celular que te distingue, e sim qual o uso você faz dele. De forma análoga a televisão a cabo faz o mesmo com o custo do aparelho decodificador: ele é instalado “sem custo”, sendo que o valor dele estará de alguma forma inserido no valor da cobrança mensal.

Dentro do conceito do Praticismo, essa nova classe de usuários vem atingir a necessidade de facilitar a vida, simplificando o acesso aos bens e serviços, permitindo que você possa usufruir de confortos, sem que seja necessário o acúmulo de propriedades, refletindo nisso o processo econômico, isto é, você não necessita, diretamente, despender um determinado valor na aquisição de um bem, sendo que você pode utiliza-lo por um valor mínimo mensal.

Isso poderia ocorrer com uma infinidade de produtos que compreendem a nossa qualidade de vida, tais como, televisão, geladeira, máquina de lavar, notebook, aparelho de som, etc. Por exemplo, ao invés de você comprar uma televisão, pagando um custo elevado, a empresa instalaria uma, por um valor mensal bem menor do que o valor dividido pela durabilidade. Para a empresa, o valor que ela receberia a longo prazo, constituiria uma receita constante, suprindo o custo do subsidio da produção nos primeiros meses da instalação.

Haverá um benefício adicional dentro desse processo de cobrança mensal: a durabilidade do produto. O que hoje algumas indústrias sofrem com a questão do tempo que um produto fica em funcionamento, evitando que o cliente o troque, passa a ser um beneficio para ela, que tenderá a buscar a produção de produtos cada vez melhores, com mais qualidade e, conseqüentemente, maior durabilidade, para permitir que o usuário permaneça mais tempo com o pagamento mensal.

Dentro do conceito de usar, quanto melhor o produto, mais todos vão sair ganhando e mais pessoas poderão ter acesso a estes, melhorando sua qualidade de vida.

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